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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Doidas ou Santas

...se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões – e a gente sabe como as desilusões devastam - , terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso? Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe??? Nem ela caríssimos, nem ela. Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tanto a fé em dias melhores que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais. Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.


Esse trecho de Martha Medeiros é a pura verdade,quem somos nós mulheres?A gente nasce pra vida,mas a procura  do amor,porque viver sem amor não tem graça!!Mas não é só o amor de um homem que a mulher procura,tem aquelas que acreditam que só amor dos filhos basta...Mas a gente não vai viver a vida toda se dedicando aos nossos filhos,um dia crescem e vão viver suas vidas,nos deixam de certa forma,mas estão mas que certos...
Temos que ser loucas mesmo,tomamos na cara,mas não deixamos de acreditar no amor,levantamos e seguimos em frente .Não entendo que possa existir mulheres que esquecem de si,conheço muitas que tiveram um relacionamento e estão a anos sozinhas,completamente sozinhas,vivendo em função de um tv,de recordações que seus filhos lhes deixaram,isso quando  vão visita-las lá uma vez ao ano.Se fecham pra vida,com medo de se apaixonar,de amar e serem traídas,jogadas fora!
Dia desse perguntei pra uma amiga,porque ficar sozinha?Mais de 20 anos...Ela me respondeu é é feliz assim,não precisa de ninguém...Mas o seu semblante é de tristeza...Que medo é esse que impede alguém de tentar ser feliz,não existe idade nem tempo,tem que existir vontade de ser feliz!Será que podemos chamar essas que se fecham de santas?Afinal estão sem sexo a muito tempo..Celibatário?Melhor sermos Doidas!!rs

16 comentários:

Anônimo disse...

Que belo textoooo!!!ameiii!!concordo com vc.qd.diz que é melhor sermos doidas...hehehehehe!!!beijos queridaaa!!

Janaina Cruz disse...

Felicidade é algo que não podemos abrir mão nunca!

Mesmo que nos taxem de loucas, "mas louco é quem me diz que não é feliz..."

Demais o novo post, dá vontade de aprontar mil loucuras só pra ver se acho graça um pouquinho...rs

Abraços mil

Guará Matos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guará Matos disse...

Um viva às loucas, vibrantes, verdadeiras, sentimentais e tais!

Anônimo disse...

Amiga querida tem um lindo selinho lá no meu
blog para vc.enfeitar o seu blog...eu quero voar
no seu blog...pegue o seu...beijos lindaaa!!

Conde Vlad disse...

Pô... Até acredito na mulher Santa de ações, mais impura nos pensamentos.

E isso não quer dizer que ela seja uma doida. Acho que ser recatada é um traço cultural e de comportamento adquirido. Ou seja. Uma mulher que se diz recatada, é porque foi condicionada a tal coisa por uma criação e tal.

Recatada? Sim, Doida? Não.

Mais... Eu entendo a tua revolta moça comportada rsrs... Não dá para imaginar o quanto de mulher está por aí sem curtir a boa vida por conta de um condicionamento totalmente cultural, forçado e moralísta.

Beijão lindona.
Conde.

*Mi§§ §impatia* disse...

Amei o post amiga...saudade de passear por aqui....... beijos linda.

Conde Vlad disse...

Valeu pelas dicas.

A propósito, me diz onde eu consigo uma freira peituda destas daí que tá no teu blog. KKKKKKKKKK Jesus... isso é uma profanação das melhores.

Beijos do Conde.

♥ κєκєl ♥ disse...

E viva a doideira......que me chamem de louka, mas nunca de santa hehe

Adooooooorei ler o texto da Martha e sua linda reflexão.

beijoooooos

mythic disse...

conheço uma que tem alergia ao sexo , já disse varias veses que não gostas de sexo e tem apenas 25 anos...enfim coitado do marido essa e daquelas como havia em 1500...sexo ?só para fazer filhos.

Dorei disse...

Aldrey, agora voce foi na mosca, concordo plenamente!

Ass.: Doida da Silva Sauro. rsrs

Unknown disse...

oie conheci seu blog hoje e vc me deu um chacoalhão, acho que estava ficando assim... vou repensar viu... bjus e obrigada por ter colocado essas sabias palavras...

Claudio Sponton disse...

bem... como eu nunca gostei de santinhas... rsrs...

Anônimo disse...

Ganhei esse livro de uma amiga e adorei, não só pela liberdade como ela trata de assuntos que pra nós as vezes é difícil falar. Mas porque ela dá dica de outros livros que ela mesma leu e de músicas que ela ouviu e gostou essa experiência trocada com os leitores tornam a escrita dela sensacional e íntima.

A.S. disse...

"Vontade de Viver até a Última Gota"

Simmm!!!!... esse deverá ser o sentido único da vida, desfrutar de todas as sensações, todos os desejos, todos os prazeres, como se cada instante fosse o último!!!


Beijos, querida!
AL

Lou Albergaria disse...

Amei esse livro! Aliás, tudo que a Martha escreve é sempre muito bom.


Toda mulher é meio Leila Diniz...e Loba de Ray-BAN!!! Hahaha.....


BEIJOS!


Lou